Escolas de Fronteira encerram ano letivo em Bragança

Cerca de 100 docentes, autoridades portuguesas e espanholas estiveram em Bragança, nos dias 5 e 6 de junho, para apresentação das atividades desenvolvidas, no âmbito do projeto Escolas Bilingues e Interculturais de Fronteira (EBIF), resultado da cooperação entre Portugal e Espanha (as comunidades autónomas Andalucía, Extremadura, Castilla y León e Galicia), que tem a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) como parceiro estratégico.

A União Europeia destacou os resultados do projeto EBIF e reconheceu-o como um exemplo de boas-práticas de cooperação transfronteiriça. Mais informação no site OEI-Escuelas de Frontera.

O EBIF resulta de um memorando assinado entre os Ministérios da Educação de Portugal e Espanha para a promoção da educação intercultural e bilíngue nas escolas raianas. É coordenado pela OEI num esforço articulado entre a Direção-Geral da Educação do Ministério da Educação, Ciência e Inovação de Portugal e as comunidades autónomas espanholas de Galicia, Castilla y León, Extremadura e Andalucía.

“Para que as crianças sintam que as diferenças nos unem”

Ao longo de duas sessões, docentes participantes do EBIF apresentaram e expuseram trabalhos criados com alunos e alunas dos territórios da Raia. Sublinharam o desafio que é “superar distâncias geográficas, diferentes idiomas e sistemas educativos diferentes” com o objetivo de que as “crianças vejam, mas sobretudo sintam que as diferenças nos unem.” Os docentes mostraram que não se trata de mais um projeto, mas de uma abordagem transversal a todo o currículo que envolve toda a comunidade educativa, incluindo as famílias.

  • Nestes cinco anos de vida do projeto, se tem procurado “inovar neste projeto”, encontrando novas formas de o fazer chegar e adaptar aos territórios. (Ana Paula Laborinho, diretora-geral de Multilinguismo da OEI).
  • Este é um projeto que se reinventa a cada ano. (Javier Magdaleno, asesor educativo da Junta de Castilla y León).
  • Os nossos alunos são embaixadores da inclusão. (Eulália Rodrigues, subdiretora-geral da Educação da Direção-Geral da Educação (DGE) do Ministério da Educação, Ciência e Inovação).
  • O PEBIF é uma rede que acredita na educação como ponto de partida para a democracia, colocando os alunos “no centro do futuro que queremos construir. (Paulo Xavier, presidente da Câmara Municipal de Bragança).
  • O projeto liderado pela OEI é um verdadeiro exemplo de como a educação pode ser uma ponte entre culturas. (Lucas Navareño, asesor docente da Junta de Extremadura).

Francisco Amaya, conselheiro de Educação da Embaixada de Espanha em Portugal, salientou, na sessão de abertura do encontro, o aumento do número de escolas envolvidas no PEBIF. Neste momento, estão estabelecidos 13 pares de escolas compostos por 51 centros educativos que alcançam 2306 alunos e 120 docentes. No primeiro ano, apenas existiam 16 escolas.

Filipa Soares, da Embaixada de Portugal em Espanha, sublinhou a importância das autoridades locais na organização destes encontros, mencionando também a crescente importância da aprendizagem do português em Espanha.

Escolas de fronteira, escolas sem fronteira

Durante o encontro, as formadoras do PEBIF, Helena Araújo e Sá, Viviane Ferreira Martins, María Matesanz del Barrio e Rosa Faneca, apresentaram a publicação Escolas de fronteira, escolas sem fronteira: partilhando línguas e culturas. Reúne experiências e práticas desenvolvidas por docentes e comunidades educativas envolvidas na edição 2021/2022.

O livro combina relatos na primeira pessoa dos protagonistas, com análises académicas que contextualizam o impacto do PEBIF como política educativa e linguística inovadora. Está disponível aqui.

IMAGEM: Organização de Estados Ibero-Americanos – OEI (web).

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