“Portugal, 900 anos” comienza en Zamora

La Fundación Rei Afonso Henriques (FRAH) acogerá, entre los días 6 y 7 de junio, el congreso luso-español “Portugal, siglo XII: la génesis de Portugal global”. Este congreso tiene lugar en el marco de las celebraciones por el 900 aniversario de la independencia de Portugal y contará con expertos en la materia de ambos lados de la frontera.

O início formal das comemorações dos 900 anos de Portugal está previsto para o dia do 9.º centenário da investidura de D. Afonso Henriques como cavaleiro, em Zamora, no Domingo de Pentecostes de 1125. Nesse ano, o Domingo de Pentecostes foi, segundo o calendário actual, em 17 de Maio. Em 2025, será em 8 de Junho.

Estas jornadas invitan a mirar atrás, reconociendo el importante papel que jugó Zamora en la historia de Portugal, pero también hacia el futuro para reforzar la cooperación transfronteriza. La independencia de Portugal no se hizo en un solo año (1125), sino que se asentó a lo largo de buena parte del siglo XII. Para analizarlo, el congreso concita a medievalistas y otros expertos en la materia, según programa.

Los interesados en asistir al congreso luso-español en la sede zamorana de la FRAH (Av. del Nazareno de San Frontis, s/n – 49027 Zamora) pueden inscribirse a través de este formulario de inscripción. Además, las jornadas pueden seguirse en streaming, ya que se retransmitirán en directo por los canales de Youtube de la Fundación Rei Afonso Henriques y del IEZ Florián de Ocampo.

Otras actividades conmemorativas

Además del congreso “Portugal, siglo XII: la génesis de Portugal global” (6 y 7 de junio), el domingo 8 de junio la ciudad de Zamora será la protagonista de una serie de actividades vinculadas al recuerdo del día en el que el Rei Afonso Henriques fue armado caballero. El programa incluye la realización de un desfile que finalizará en la Catedral, la presentación de una emisión filatélica conmemorativa, una representación histórica, una misa y un desfile con bandas lusas.

Se espera una gran afluencia de visitantes portugueses, llegados especialmente desde la ciudad de Guimarães.

Portugal, 900 anos

Evocar uma cerimónia ocorrida há 900 anos, atribuindo-lhe um sentido nacional facilmente percetível pela maioria dos cidadãos, é um sinal das bases profundas e sólidas em que assenta o conceito que veio a consolidar-se, mais tarde, no termo “nação” partilhado pelos portugueses. O modo como D. Afonso Henriques desafiou os poderes que se lhe sobrepunham em 1125, ao tomar sozinho a dignidade da cavalaria, podia ter sido inconsequente, mas a sua determinação e a dos homens que o rodeavam, bem como a das gerações que lhes sucederam tornaram um ato discreto, levado a cabo numa cidade fronteiriça, no prenúncio da História pujante de um Estado, precocemente transformado em nação, que sempre compensou a pequenez do território original com a grandeza do mar.

“Tres anos antes [da batalha de São Mamede], na catedral de Samora, [Afonso Henriques], a si próprio se armara cavaleiro, como soíam os reis, para não aceitarem a superioridade moral que o cavaleiro reconhecia naquele de quem recebia as armas. Aquele acto solene, quando D. Afonso apenas contaba catorze anos de idade, foi talvez apressado pelos nobres, a fim de aureolarem com as horas da cavalaria o moço Príncipe, que pretendiam para chefe da luta contra D. Teresa e Fernando Peres”.

ALMEIDA, Fortunato de, História de Portugal, vol. 1, Coimbra 1922, p. 137-139.

No turbilhão político do século XII, o destino da Hispânia, e mesmo o do ocidente peninsular, era incerto, e o mapa dos reinos e senhorios ibéricos sofreu inúmeras mudanças ao longo dos séculos e foi incapaz de adequar as linhas das fronteiras à demarcação das nações que o tempo forjou e consolidou. Só o Condado do novo príncipe-cavaleiro de há 900 anos logrou seguir uma evolução própria, independente e resiliente, geradora de uma comunidade coesa, que merece ser conhecida e admirada. Uma comunidade coesa que se revê no mesmo símbolo há mais de 780 anos, tem uma língua única e específica oficializada há 730 anos, tem uma fronteira que se rege por um tratado de há 728 anos e tem a sua configuração continental e arquipelágica definida há quase 600 anos. E, firme na sua configuração europeia, espalhou-se pelo mar e gerou uma comunidade que hoje integra oito Estados e centenas de milhões de indivíduos, tendo dado azo, assim, a uma das línguas mais faladas no mundo (e a que tem mais falantes no hemisfério sul).

Evocar a cerimónia do dia de Pentecostes de 1125 é, por isso, ocasião propícia para recordar e estudar esses anos decisivos da primeira metade do século XII e para refletirmos criticamente também sobre os processos de construção da identidade portuguesa que começava a formar-se. E é a oportunidade para aprofundarmos o conhecimento das várias relações que, nesse século XII, se cruzaram para a formação de um reino e a geração de um povo: nós.

CON INFORMACIÓN E IMAGEN DE Fundación Rei Afonso Henriques (FRAH).

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