Destino EF: Castelo de Montalegre, defesa da fronteira

O castelo de Montalegre representa um importante ponto de defesa fronteiriço medieval. Assegurava, juntamente com os castelos da Piconha e de Chaves, as defesas dos vales do Cávado e do Tâmega.

Montalegre, semente da vila homónima nas Terras de Barroso, distrito de Vila Real, está em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês. A região oferece deslumbrantes paisagens, em que a Natureza ainda conserva todo o seu encanto.

A vila de Montalegre é dominada pelo castelo construído no século XIII sobre restos de uma fortificação mais antiga, o que demonstra a importância deste local como ponto estratégico de defesa do território.

Declarado Monumento Nacional em 1910, desde 1990 o castelo abriga um núcleo museológico, recentemente renovado e musealizado com um percurso e sinalização. A entrada é livre.

O castelo foi mandado construir pelo Rei D. Afonso III durante a reorganização das fronteiras do seu reino, na segunda metade do século XIII, com o objectivo de dotar a fronteira norte transmontana de uma verdadeira ordem territorial e jurídica dependente da autoridade régia.

Em 1273, ano da concessão do primeiro foral a Montalegre por Dom Afonso III, o castelo ainda não existia, mas em 1281, pelo menos uma parte dele já se erguia em Montalegre, segundo uma carta de D. Dinis a D. Isabel. Na carta o rei oferecia doze castelos, entre os quais o de Montalegre.

No entanto, os resultados ficaram abaixo das expectativas. Ainda antes do final do século XIII, o rei viu-se obrigado a doar novo foral a Montalegre (1289) e a confiar a tarefa do povoamento a Pedro Anes, já que naqueles anos a vila estava desabitada e o castelo isolado.

A torre de menagem foi construída no reinado de Afonso IV e concluída em 1331. De maior altura e secção que as restantes torres, o seu aspecto imponente representa o principal exemplo do poder do castelo e da vila. As vistas do topo da torre de menagem são excepcionais.

A torre de menagem é a peça mais destacada do conjunto, sendo a sua construção posterior à das restantes peças do castelo, em 1289-1331, no reinado de D. Afonso IV. O castelo só voltou a ser intervencionado no século XVII, durante as Guerras da Restauração.

Atualmente, apesar da pequena dimensão do recinto, o castelo de Montalegre ainda preserva as suas características principais de fortaleza gótica, com a sua planta oval, muralhas entre uma torre quadrangular e duas retangulares, como elementos de defesa ativa.

A Antiga Igreja Matriz

Não muito longe do castelo está a Igreja do Castelo de Montalegre ou seja a Antiga Igreja Matriz de Montalegre. Rodeiam-na muitas e frondosas arvores, que lhe dão um ambiente sereno e pacato de muito reconhecimento. Embora seja de origem medieval, a traça actual deve remontar ao século XVII.

Nela merece destaque a torre sineira que, tal como em muitas igrejas da região, está separada do corpo principal do templo, ao qual fica fronteira, tendo acesso próprio pelo exterior. É constituída por uma nave e uma capela-mor e o interior é caracterizado pelo seu rico altar e talha dourada.

Montalegre, capital do Barroso

Nas redondezas, junto à típica aldeia comunitária de Pitões das Júnias, o pequeno e curioso Mosteiro de Santa Maria das Júnias, hoje em ruínas pertenceu à Ordem de Cister (séculos XIII-XIV).

Sob o ponto de vista gastronómico, Montalegre é famosa pela produção de enchidos e presunto, sendo a Feira do Fumeiro que se realiza anualmente em Janeiro, a oportunidade ideal para adquirir estas iguarias.

CON INFORMACIÓN DE www.cm-montalegre.pt / www.visitportugal.com

IMAGEN: Montalegre (FOTO: www.visitportugal.com)

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